quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Pedra do Elefante - Teresópolis

Quando falamos de trilhas de fácil acesso em Teresópolis, lembramos de todas as do parque nacional da Serra dos Órgãos e esquecemos das outras, que na minha opinião são muito mais simples como a trilha da Pedra do Elefante em Teresópolis.

Um dos maiores problemas dos visitantes é a entrada da trilha. Claro que não estamos comparando com uma trilha bem sinalizada mas conhecendo os pontos de referência aqui no Mochilas Vazias você vai fazer o caminho tranquilo.

Antes de começar a falar do caminho vou deixar algumas dicas pra você, aventureiro de primeira viagem.

- A duração da trilha são aproximadamente 25 minutos de ida e 20 de volta em ritmo forte, andando mais lento no máximo 40 minutos ida e 30 volta.

- A trilha não tem ponto de coleta de água, sendo assim é bom levar o seu, pelo menos uma garrafinha de 500 ml.

- Indiferente da estação do ano, vá de calça (se possível não jeans) e tênis (se tiver botar é melhor).

- Lanterna, lembre-se acidentes acontecem nunca é bom contar com a sorte e experiência.

- Cuidado com a vegetação que cobre o solo ela é boa para camuflar cobras (apesar de que eu nunca vi nenhuma na trilha).

- Evite colocar as mãos em galhos sem antes olhar para ter certeza de que não há nada hostil no mesmo.



                         
                                                                                                                                          Exibir mapa ampliado

Coloquei sendo o ponto A o mirante do Soberbo em Teresópolis, não tem como errar na estrada há placas indicando esse local, é um mirante. A trilha começa à 500 metros desse mirante seguindo na BR-116 como mostra o mapa.

A entrada da trilha é realmente um buraco no mato, após sair do mirante em direção ao ponto B você vai passar por uma grande placa do Parque Estadual dos Três Picos ao passar pela placa fique atento à direta (direção da mata). Uma boa fica pra você é não seguir pelo acostamento e sim pela grama}( na foto abaixo você vai entender).

Observe a vala no canto esquerdo, entre a pista e o gramado.

A vala entra a pista e a grama.


Olhando pelas fotos acima é possível ver onde "começa" a trilha no "morrinho" indicado pela seta vermelha.


O começo é uma subida muito forte, com uma escadaria natural, você sobe por cerca de 10 minutos, a trilha é bem demarcada.




Depois de subir 10 minutos a trilha começa a ficar mais plana, é uma boa hora para beber um pouco de água e depois aumentar o ritmo. Seguindo a trilha você irá passar por uma pedra branca grande que fica no meio do caminho, não tem como errar, é um tipo de quartzo e claro que você como montanhista não irá destruir. 

Seguindo depois do quartzo chegamos na parte mais "complicada" do trajeto, normalmente se chega lá 20 minutos após o início da trilha, é uma parte que o mais experiente do grupo deve ir na frente obrigatoriamente pois requer muito mais atenção e coordenação ao grupo. 

Você vai passar entre esses galhos

Há um caminho mais marcado no meio.

Também há uma corda amarrada pra auxiliar



Essa parte não é tão complicada quanto parece, é só ter calma e firmeza nos passos. Após descer, do outro lado temos que subir:

Também conta co ma corda de apoio (clique para ampliar)



Essa parte geralmente está seca durante quase todo o ano, a foto foi tirada depois de uma noite de chuva. É fácil subir pela lateral e segurando na corda. 

Após passar por esse "trepa-pedra" ande por mais 3 minutos no máximo mantendo sempre à direita na trilha, você irá passar uma uma área alagada, passando dai vire a direita novamente e chegue ao mirante da Pedra do Elefante:



No mirante você pode ver o outro mirante do soberbo, lembrando sempre que na hora de voltar você não deve se apressar mesmo se tratando de uma descida, mantenha sempre o controle do grupo e evite atalhos. 


Vista de mirante para mirante.


Fica aqui mais um post sobre as trilhas de Teresópolis, se você tem alguma dúvida é só comentar. 


segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Cachoeira dos Frades - Teresópolis

A cachoeiras do Frades em Teresópolis é um lugar muito conhecido, cenário de várias novelas (já me falaram eu não vejo novela) e de antigas lendas locais. Talvez a mais conhecida cachoeira local.






A grande dúvida sobre essa cachoeira é como chegar até lá, existem várias maneiras, uma é de ônibus que não é muito recomendável pois você terá que andar pelo menos 3km a pé com sol nas costas ou seguir a melhor alternativa usando um transporte particular. Para quem vai de ônibus a dica é pegar na rodoviária de Teresópolis as seguintes linhas:

- Vale Alpino; Sebastiana; Vieria; Bonsucesso; (se eu lembrar coloco mais depois)

Agora para os outros, aqui vão algumas dicas, eu nunca tinha ido para essas bandas, então procurei na internet e não achei em lugar nenhuma como chegar na cachoeira dos Frades, eu já tinha uma certa ideia. A entrada da rua começa perto do KM 18 na RJ - 130. A rodovia começa no bairro da Prata em Teresópolis, seguindo de lá são aproximadamente 20 minutos de estrada. A entrada da rua dos Frades é a direita pra quem segue no sentido Teresópolis. A entrada é uma rua de barro bem larga, em frente a entrada da rua do outro lado da pista tem um lago, essa é a dica da entrada. Um outra dica também, é que quase chegando nessa rua a rodovia tem um grande aclive e após subir você consegue visualizar a rua de barro. É comum ver sempre pessoas na entrada da rua, ali é um ponto de ônibus. 


Use o mapa para se localizar.

Exibir mapa ampliado


Entrando na rua de barro não tem erro, já tem placas por lá, é só seguir em frente até encontrar esse portão.



Também é um bom local para acampar com grupos grandes, afinal passar a noite sozinho nesses locais não é muito recomendado. 

Agora você já sabe como chegar na cachoeira dos Frades em Teresópolis com mapa! Qualquer dúvida comente nos posts.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Travessia Petrópolis X Teresópolis

Depois de muito tempo sem postar o grupo Mochilas Vazias voltou a ativa, dessa vez a  todo vapor e não em surtos como estava sendo. Agora oferecendo dicas para as trilhas e informações, qualquer dúvida deixe seu comentário.

Eu e meus amigos já estávamos combinando essa bendita travessia a muito tempo, como tenho um certo ódio por aniversário resolvi fazer a travessia pra fugir do mundo real e curtir um pouco o frio nas montanhas. Dito e feito um dia depois do meu aniversario que tive o prazer de passar dentro do banco resolvendo problemas normais partimos pra Petrópolis às 7 da manhã.

Pra quem não conhece e tem vontade: A Travessia Petrópolis x Teresópolis é uma longa caminhada pesada, com uma trilha de 39 km de extensão, deve ser feita no período de estiagem pois há menos incidência de chuvas, normalmente é feita em 3 dias e tem uma das paisagens mais incríveis do mundo, palavras de várias pessoas que já fizeram trilhas pelo mundo a fora.

Petrópolis é uma cidade evoluída, não é como Teresópolis, chegando lá, entramos na estação de integração em Itaipava, pegamos um ônibus para o centro que passava na estação de Correias, saltando lá ainda com a mesma passagem (R$ 2,50) pegamos o ônibus Pinheiral que tem o ponto final a 200 metros da portaria do Parque Nacional da Serra dos Órgãos na sede de Petrópolis.

Se você mora nas proximidades é bom levar um comprovante de residência pra ganhar o desconto como "morador" e não pagar mais um absurdo para entrar no Parque. Logo na entrada há um bebedouro, encha seu cantil lá, cheque seus equipamentos e morro acima! A trilha começa logo à frente da portaria.

Deve-se pegar a trilha em direção ao Açu, é muito bem sinalizado ATÉ a Gruta do Presidente e o Véu de Noiva:










A última placa da Trilha do Açu você vai encontrar em um "larguinho" que tem uma pedra grande com duas placas, Véu e Gruta pra esquerda e Açu para direita. E legal pra quem for de primeira viagem como eu na trilha conhecer esses dois pontos a esquerda, uma boa dica é deixar a mochila nesse "larguinho" e partir leve pra trilha da esquerda, apenas com câmera digital. Eu não demorei 3 minutos para chegar no Véu, fui correndo pela trilha, coisa que não é recomendado, faça apenas se você tem experiência em terrenos irregulares e mata fechada, caso contrário vá andando também é bem rápido.

A primeira parada nessa trilha é a gruta do presidente, onde dizem que Getúlio Vargas (se você não sabe quem foi, feche a página) ia com seu cavalo e passou uma noite nessa gruta. É um bom lugar para recolher água e tirar umas fotos, a trilha continua para esquerda e se chega no véu, é bom tomar cuidado, eu tenho ampla experiência em subir rios com pedras úmidas e escorregadias e mesmo assim nessas do véu eu fiquei assustado, meu equipamento de trilha é de alto nível e ainda assim estava extremamente escorregadio, se você for tirar fotos é bom ir com muita calma, lembre-se a cachoeira não vai sair do lugar, tenha calma.

Ao retornar para o "larguinho" equipe-se e comece a subir, o segredo é não se assustar com a elevação, mantenha o passo, não acelere ou se empolgue muito, andar mais rápido não é sinônimo de chegar mais rápido, você vai se cansar mais e parar mais.

Não há como se perder nesse começo de trilha, vale lembrar que se você não tem experiência vá com alguém de competência, você estará entrando em terreno de mata atlântica pouco explorada ter conhecimentos básicos de orientação e conhecimento da trilha podem fazer toda a diferença.


Para a tristeza dos marinheiros de primeira viagem a trilha toda é uma subida sem fim, o primeiro ponto ideal de parada é a Pedra do Queijo, onde é bom carregar as baterias, curtir a vista. Não tem como confundir a Pedra do Queijo, ela está marcada com escritas na pedra, é uma pedra grande que você pode subir nela para descansar. Quando você chegar no Queijo não vá se empolgando ainda falta 1/5 do caminho. A parte mais fácil você já superou, sim, o pior ainda está por vir.

A trilha continua e você também, subindo mais por uma mata meio fechada e a comum vegetação de topo com pouca água, vá andando com um passo normal e forte até chegar em outra pedra, é o Ajax, onde é possível beber água em uma nascente logo à frente dele, é um lugar para parar e fazer um "almoço". Não demore muito pois nessa história a gente acaba perdendo muito tempo e desanimando de continuar. Continue subindo, subindo e subindo.

Depois do Ajax, pra mim chega a pior parte da trilha, uma subida infernal, com sol na nuca e se você não for o ponta do grupo não vá conversando pois o que mais entra na boca é terra. A subida da "isabeloca" é bem forte na minha opinião a mais forte de toda a travessia. É um caminho meio complicado com capim e terra, bem fácil de se perder, uma boa é que a trilha principal está bem marcada, mas não se assuste todos os caminhos levam pro mesmo lugar. Eu segui o da esquerda e cheguei na parte light do caminho. O chapadão.


O chapadão é um grande topo de montanha com uma longa crista que nos leva até o Açu, não há sinalização, placas ou trilha. Trilheiros constroem "totens" ao longo do chapadão, são montinhos de pedras fáceis de reconhecer e indicam o caminho certo, não destrua esses marcos eles ajudam aventureiros não preparados e podem salvar vidas. Nessa chapadão há várias setas no chão também indicando o caminho.

Em um determinado ponto do chapadão é possível ver o morro do Açu ao fundo, é um bom sinal, falta pouco. Com uma leve subida pelo caminho você vai demorar uns 20 minutos até chegar no Açu, cuidado nessa parte, mesmo sabendo que a primeira parte da travessia está no final não se empolgue com isso, mantenha sempre suas faculdades, um erro e você pode prejudicar tudo.





O Açu é uma formação rochosa muito interessante, de longe parecem ser pequenos blocos de pedra, mas que de perto causam surpresa. Se você não conhece as áreas de camping é bom dar uma passada no abrigo para se informar das normas do local e informações sobre o nascer do sol e tudo mais, o abrigo não tem como não achar, é uma casa com telhado grande a esquerda do topo do Açu, não tem como não achar. Lá se informe com os abrigueiros, eles são excelentes, qualquer coisa que precise ou até mesmo passar a noite eles podem conseguir pra você, há também as taxas de utilização do abrigo, se informe por lá.

Ao chegar no Açu, monte sua barraca, coloque sua mochila dentro dela, leve apenas câmera, cantil e uma barrinha de cereal e vá explorar o lugar, conversar com os abrigueiros e tirar fotos até o pôr-do-sol. Você pode pegar água no abrigo. Lembre-se após do pôr-do-sol a temperatura cai de forma brusca, leve seu anorak junto com você, como recomendação eu só uso Trilhas e Rumos e o Anorak Storm deles é espetacular. Quando chega a noite, você pode ficar conversando com seu grupo ou como costumo recomendar, vá dormir o segundo dia exige muito preparo físico, é bom descansar.




 O equipamento certo faz toda a diferença, sem dúvidas, eu nunca tinha dormido tão bem em um acampamento como foi a noite no Açu, barraca Bivak 1, isolante térmico, saco de dormir, Parka Andes, Termotex e Anorak Atorm, tudo Trilhas e Rumos. Fizeram toda a diferença como já disse e isso em uma caminhada extensa te ajudam a seguir, nada como um boa noite de sono pra recuperar as energias e um nascer do sol espetacular. Como já diria uma pessoa que sou fã " Tente ver sol  nascer pelo menos uma vez por ano " - Bear Grylls.




Após o nascer do sol recolha seu acampamento, faça seu café da manhã, abasteça seu cantil e comece a caminhada, meu grupo saiu do Açu às 8 da manhã, vale lembrar que o grupo era composto por montanhistas experientes, dois bombeiros e mais 3 aventureiros preparados para o caminho. Eu se você não é leitor desse blog é importante se lembrar, sou experiente, guia, instrutor de caminhada, conhecedor de técnicas de sobrevivência em ambiente hostil, sei código morse e por ai vai. E mesmo assim estar comigo no grupo não é sinônimo de garantia, cada um deve ter ciência do que está fazendo, errar não é uma opção nesse tipo de trilha.

Talvez uma das coisas mais frustantes na travessia e ao mesmo tempo animadora seja você olha para o morro à frente e ver a trilha continuando do outro lado, isso diz que você deverá descer tudo e subir tudo de novo do outro lado.



Nessa foto o que eu disse acima fica bem claro, observe a trilha no canto esquerdo da foto, a trilha continua por lá e em meio a todo esse sobe e desce montanha passamos por partes que só mesmo essa travessia pode proporcionar.






No fundo temos montanhas internacionalmente conhecidas como: Pedra do Sino, São Pedro, Garrafão e o Dedo de deus, da direita para esquerda. A trilha segue sempre em direção ao Dedo de Deus, essa parte é conhecida como a descida do morro da Luva, que tem uma forte subida em meio a mata fechada e úmida, com uma descida por um chapadão de pedra como a imagem acima mostra.

No final da descida da Luva temos talvez uma das partes mais perigosas para pessoas inexperientes da trilha, chama-se elevador, são pedaços de ferro colocados na rocha que servem de escada. Para subir o elevador é necessário ter calma e prudência, como em toda a trilha, mas especialmente nesse trecho ela deve ser redobrada, não se deixe levar pela emoção de subir rápido e apreciar a vista.






Depois do elevador você pode começar a respirar mais fundo e relaxar, a travessia começa na metade, mas o pior trecho já foi, agora são apenas duas subidas fortes e desfrutar de 12 Km de descida, mas não agora. Vamos com calma. Ainda estamos no elevador.

Descendo o morro que tem o elevador temos o Dinossauro, uma descida parecida com o chapadão do Açu só que inclinada. Como sempre cuidado pois um erro nessa é para pedir resgate e você não quer que isso aconteça. Desça com calma e no final temos o Vale das Antas, um ótimo local para fazer seu almoço do segundo dia, há água nesse local, também um gramado para você pode esticar as costas e aliviar um pouco o peso da mochila. Para chegar até aqui um grupo rápido demora em média de 2 à 3 horas a partir do Açu e um grupo ainda sem experiência na trilha e pessoas qualificadas esse tempo pode se estender para 4 horas.

Partindo do Vale das Antas começa uma subida forte na Pedra da Baleia, vá subindo por um lajão de pedra, talvez essa seja uma das partes da trilha em que mais eu fiquei admirado pela paisagem, à direita da subida da Baleia vemos o morro do Garrafão de um ângulo único, é realmente uma sensação de recompensa por tudo e pensar de que valeu a pena, você não escuta barulho nesse trecho, é um silêncio absurdo, só você e o Garrafão. Não vou colocar fotos dessa parte, vá você e veja com seus olhos, depois poste aqui se estou certo. Continue pelo lajão de pedra e no final dele, pra variar, desça mais uma vez, essa é a última do dia.

Subindo após a Baleia chega a parte mais perigosa da trilha, é recomendável que o mais experiente do grupo vá na frente e dependendo do grupo uma corda é necessária. Chama-se cavalinho, pois ao subir temos que jogar a perna por cima da pedra como se estivesse montando em um cavalo, claro que você pode chamar de moto, cabra ou qualquer outra coisa que se monte, mas o nome é cavalinho. Tenha MUITO cuidado, um erro aqui pode ser fatal, a esquerda é só um penhasco. Eu quando passei fui pelo lado mais perigoso, não para me exibir mas o lado mais perigoso e depois que me toquei no que tinha feito, conselho, vão por dentro e não por fora. Observe as fotos abaixo, foram tiradas por um membro do grupo, não achei na internet, pois minha câmera teve problemas, acho que as câmeras da HP não suportam muito o rock ela custou para ligar de manhã no nascer do sol, será o frio? Ela é igual carro?. Alou HP preciso de uma câmera nova, me enviem uma e farei o teste.  O cavalinho é pedra inclinada. Eu sou o de camisa preta à frente do grupo passando pelo lado de fora.






Também é possível ver ao lado do cavalinho uma pedra chega de barro, bem inclinada, à esquerda do cara de branco, pois é, eu subi por ali, não façam isso.

Passando do cavalinho respire fundo, ainda não acabou, são os últimos 10 minutos, nesse ponto a vontade de ver o final da trilha move você mais rápido, há mais uma subida igual ao cavalinho, porém é mais segura de fazer, faça isso, ande um pouco mais e chegue em uma escada de metal, suba e caminhe por no máximo 2 minutos até chegar na trilha da Pedra do Sino.

Nesse ponto existem duas possibilidades, ou passar a noite no sino e descer no dia seguinte completando 3 dias de caminhada ou fazer que nem eu fiz, descer logo assim que chegar no setor Pedra do Sino. Voltando à trilha, eu recomendo que você desça a trilha seguindo até o abrigo do Sino, lá novamente faça seu acampamento, abasteça se cantil, faça seu lanche da tarde e suba para o topo do Sino que é bem próximo ao abrigo, novamente tire fotos e leve seu casaco e depois desça, faça um lanche e durma.




Essa é a última noite então aproveite, fique tranquilo que não há mais subida, apenas descida. No dia seguinte, não deixe de ver o nascer do sol, há duas opções pra você ou do topo do Sino ou na Pedra da Baleia (Teresópolis) a trilha é super rápida, começa atrás do abrigo quatro (foto acima) e não demora 3 minutos. Tem uma excelente vista.

Após tudo isso, vá com calma, arrume seus equipamentos e desça, a trilha é super demarcada não há como se perder. Você irá andar por mais ou menos 50 minutos (rápido) até chegar em um gramado, esse é o antigo terceiro abrigo, no final desse gramado à direita há uma trilha descendo que chega em um mirante, deixe a mochila no gramado e vá, super rápido também, 1 minutos, é curtinho e você chega em um mirante onde é possível ver todo o centro de Teresópolis visto de cima, ainda a CBF.

Volte pra trilha e continue descendo, 20 minutos depois você encontrará a direita na trilha uma espécia de mini caverna com um esculpido na pedra, esse é o que chamamos de segundo abrigo, não há porque parar, continue por mais uma hora até chegar em uma cachoeira véu de noite, atravesse segurando no corrimão que colocaram na trilha. A partir dai é só mata, não há mais nada de interessante, apenas a trilha bem larga coberta pela copa das árvores, ande por mais 50 minutos e você chega na barragem do Parque Nacional de Teresópolis. A barragem já fica localizada na parte baixa do Parque, é possível chegar de carro, é o inicio da trilha do Sino quando ela é feita a partir de Teresópolis.

Eu não recomendo que ninguém faça isso sem conhecimento adequado e experiência na região, eu recomendo também o livro vendido pelo montanhista Waldyr Neto o Guia do  Parque Nacional da Serra dos Órgãos - Guia de Trilhas, Cachoeiras e Montanhas, lembre-se isso não serve se você não tiver experiência é como ter um computador e não saber usar, trilhas que envolvem mata e locais isolados não são brincadeira.

Não citei na postagem os tempos aproximados de todo o trecho, apenas de alguns pontos como no Sino. Aqui vão: Parque Petrópolis até o Açu: em média 4 horas; Açu até o Sino: 5 horas; Sino até a Barragem: 3 horas. Esses tempos são os temos que meu grupo fez, aproximado, mas vale lembrar que isso não serve de referência, você tem que ditar seu ritmo mas é bom saber, já que se nós partimos do Açu e demoramos 5 horas até o Sino andando forte com mochilas pesadas você deverá calcular bem seu tempo para não andar no escuto.

Qualquer trilha deve-se sempre levar o equipamento básico, como cantil, uma faca e se permitido no local perderneira/fósforos. Nunca se sabe quando eles são necessários. É bom levar um kit de primeiro socorros, já aconteceu comigo, eu me cortei com minha faca e precisei de esparadrapo.

Como proposta também, oferecemos serviço de guias acompanhado de um biólogo. Se tiver vontade de fazer a travessia em segurança entre em contato através do contato no blog e siga o Mochilas Vazias no Twitter @mochilasvazias e veja também nossas outras postagens e vídeos. Qualquer dúvida deixe seu comentário.